tag:blogger.com,1999:blog-38866434478981227312024-02-02T09:58:45.955-08:00MARIZA LIMA GONÇALVESMARIZA LIMA GONÇALVES - Não sabemos tudo, mas, sempre que queremos aprender, o caminho é encontrado!Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-991316301030951952023-06-05T14:00:00.000-07:002023-06-05T14:00:03.169-07:00MEIO AMBIENTE<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">DIA 5 DE JUNHO – DIA DO
MEIO AMBIENTE<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Chiclete<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Chiclete é ruim para o
meio ambiente?<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A resposta curta é: Sim! A maior parte da goma de mascar é
feita de borrachas sintéticas e polímeros que podem levar <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u>50 anos</u></b> para se decompor. Então, quando se masca chiclete
está, basicamente, mascando plástico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O que acontece quando
joga fora seu chiclete?<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Se ele for descartado em uma lata de lixo o impacto é menor,
mas ele não some assim num passe de mágica. 50 anos. Pense nisso!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Mas é só um chicletinho</span></b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Depois que a goma se fixa no pavimento, ela adere. Para
sempre. Por isso, a limpeza costuma ser extremamente cara e exige uma
quantidade enorme de água e solventes químicos bem tóxicos. Além disso, a
coleta e o descarte de embalagens de chiclete custam muito e geram mais de 250
mil toneladas de resíduos. Em todo o mundo, os humanos mastigam cerca de 560
mil toneladas de chiclete a cada ano. Para colocar isso em perspectiva,
jogam-se fora milhões de toneladas de plástico anualmente, boa parte das quais
acabam em aterros sanitários. O mesmo acontece com as gomas de mascar
descartadas por aí.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Quando é jogada na calçada, fica lá até ser removida, o que
provavelmente vai levar um bom tempo. Enquanto isso, esses resíduos vão
entrando na cadeia alimentar de aves, pets e até de peixes. E, levando em conta
que 80 a 90% das gomas de mascar não são eliminadas de forma adequada e são a
segunda forma mais comum de lixo depois das <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">pontas de cigarro</b>, dá pra ter uma ideia do tamanho do problema.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Mas se você acha que o ácido do estômago dissolve o chiclete,
e que, então, está tudo certo, lamentamos dizer que não funciona. A goma não é
digerida; ela vai ao intestino e depois vai parar nos esgotos, além de poder
trazer problemas, pois a função de mascar o chiclete estimula o estômago a
trabalhar, produzindo suco gástrico com o objetivo de digerir os alimentos. Ou
seja, o chiclete ajuda a enganar o estômago, fazendo o crer que virá alimentos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">E o que se pode fazer?<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A solução mais óbvia e também a mais radical: mascar menos
chiclete, que, aliás, fará muito bem à sua saúde, especialmente bucal e
digestiva. Escolha balinhas de menta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Fontes: Setor
Reciclagem | Get Green Now | Ecofreek | SLATE<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">www.pensamentoverde.com.br/sustentabilidade/chiclete-e-ruim-para-o-meio-ambiente/<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Óleo de cozinha<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O óleo de cozinha é altamente poluente e seu descarte
incorreto é capaz de gerar uma série de malefícios ao meio ambiente, como a <u>impermeabilização</u>
e a contaminação do solo, entupimento de redes de esgoto e poluição dos lençóis
freáticos (<u>é a camada superior das águas subterrâneas, que se encontra,
geralmente, em pequena profundidade e é abastecido pelas águas das chuvas, de
onde se extrai boa parte da água para consumo e produção humanos).<o:p></o:p></u></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">É comum entre os brasileiros o uso do óleo de cozinha em
diversos preparos, mas, após sua utilização, muitos não sabem o que fazer com
esse tipo de resíduo. Assim, não são raras as práticas de jogar o óleo na pia
ou ainda armazená-lo em sacolas plásticas ou recipientes fechados para então
jogar no lixo comum.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">“É um tipo de poluição que compromete diversos ecossistemas e
afeta diretamente diversas espécimes e seus habitats. Estudos indicam que um
litro de óleo pode contaminar mais de 20 mil litros de água”, explicou o
educador ambiental Felipe Morais. O ideal é, inicialmente, resfriar o material,
filtrá-lo, colocá-lo em uma garrafa PET e encaminhá-lo ao descarte correto.
Procure saber com a prefeitura de sua cidade a respeito dos pontos de coleta
próximos a sua casa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Outra opção é reciclar o material. A partir do óleo de
cozinha, é possível produzir resina para tintas, sabão, detergente, glicerina,
ração para animal e até biodiesel. </span><span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">https://sudema.pb.gov.br/noticias/descarte-incorreto-do-oleo-de-cozinha<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Papel<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O uso de papel cresceu mais de 400% em todo o mundo nos
últimos 40 anos. A consequência disso é o derrubamento em massa de árvores e
mais árvores, e esse desmatamento causado para produzir papel é um grande
ameaça para o meio ambiente.As árvores, como você sabe, são primordiais no
funcionamento pleno do nosso ecossistema absorvendo CO2 e produzindo oxigênio.
Por isso, reduzindo ou eliminando o uso de papel, você consequentemente ajuda
um bocado na preservação dele.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Diminuir a poluição<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Você sabia que a fabricação de papel é um dos processos mais
poluentes que existem? Produzir uma tonelada de papel emite mais de 1.5
toneladas de CO2 equivalente. Ou seja, usá-lo menos vai ajudar a reduzir a
quantidade de substâncias nocivas na atmosfera.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Reduzir o transporte<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Cada documento que precisa ser transportado, seja de um
bairro a outro ou de uma cidade a outra, requer o uso de combustível, e a
queima desse combustível emite gases poluentes. Na mudança para o meio digital,
muito combustível é poupado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Economizar água<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">São necessários quase dois copos de água para fazer uma folha
de papel. E num mundo onde a água potável é uma questão cada vez mais
preocupante, isso realmente nos faz pensar mais profundamente. Abolindo o papel
do seu escritório, você está consequentemente ajudando a conservar fontes de
água.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Poupar outros materiais
complementares<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Não é só o uso do papel que faz mal ao ambiente. Existem
outros produtos e materiais que são tão maléficos quanto – como tinta, por
exemplo. A produção de tinta utiliza combustíveis fósseis, e a maioria das
tintas de uso diário (em canetas, impressoras e afins) contém compostos
químicos e outras substâncias que também são prejudiciais à natureza.</span><span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">
https://www.docusign.com.br/blog/5-motivos-pelos-quais-abolir-o-papel-faz-bem-para-o-meio-ambiente<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Plástico<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Resistente, o plástico leva em média 400 anos para se
decompor e ainda libera gases tóxicos que podem afetar o solo, a água e o ar,
prejudicando alimentos, animais causando doenças nas pessoas. Já o papel, por
exemplo, demora de 3 a 6 meses para se decompor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Como o plástico pode
prejudicar o meio ambiente?<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Originalmente criado nos anos 50, o plástico se popularizou
por ser uma opção econômica e higiênica para se guardar diferentes tipos de
produtos. O vidro deu lugar às garrafas pets e o pote de alumínio deu lugar aos
potes de plástico, que são mais leves e baratos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Porém, mesmo com todo o seu benefício, por conta do descarte
incorreto, o plástico acabou impactando negativamente o meio ambiente. Hoje,
existem incontáveis lixões à céu aberto e poluição acabou chegando também aos
oceanos, prejudicando os animais marinhos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Nos dias de hoje, falar sobre a conscientização e respeito à
reciclagem é uma tarefa difícil, porém necessária para a saúde do nosso
planeta. Em outras palavras, mesmo com todas as campanhas contra poluição nas
ruas, praias e oceanos, as pessoas ainda descartam seus lixos em lugares
inapropriados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Porém, apesar de todos os danos que o plástico pode causar ao
meio ambiente, ele também é benéfico em várias situações. Nós listamos o lado
negativo e o lado positivo do plástico. Confira:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Vantagens</span></b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">: Os plásticos são mais higiênicos e
também funcionam como um isolante térmico para certos tipos de alimentos. Além
disso, o plástico é mais leve, prático e resistente, portanto tornou-se uma
opção muito em alta em indústrias de diferentes segmentos que utilizam caixas
plásticas para armazenar e transportar seus produtos, dentre eles alguns tipos
de alimentos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Desvantagens</span></b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">: Por outro lado, por ser um item
econômico, o plástico também acabou se tornando descartável pela maioria das
pessoas. Resistente, o plástico leva em média 400 anos para se decompor e ainda
libera gases tóxicos que podem afetar o solo, a água e o ar, prejudicando
alimentos, animais causando doenças nas pessoas. Já o papel, por exemplo,
demora de 3 a 6 meses para se decompor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Coleta Seletiva</span></b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">: A coleta seletiva auxilia no
direcionamento do lixo para a reciclagem. Você provavelmente já deve ter visto
lixeiras coloridas que coletam materiais como papel, plástico, metal, vidro,
etc. Essas lixeiras são específicas para o descarte de materiais considerados
recicláveis. Elas possuem cores diferentes que indicam o material que nelas
devem ser depositados, e que serão enviados para o processo de reciclagem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Alumínio</span></b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">: Muitas vezes não temos ideia dos
impactos ambientais do alumínio sobre a natureza e a saúde humana. O alumínio é
um dos metais mais abundantes, importantes e presentes na sociedade moderna,
apesar de não ser encontrado naturalmente na forma metálica. Ao nosso redor
sempre encontraremos algum objeto feito deste metal.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Segundo dados da Associação Brasileira do Alumínio – ABAL o
Brasil é o 11º produtor de alumínio do mundo e o terceiro produtor de alumina.
Empregam mais de 443 mil trabalhadores de forma direta ou indireta, produzindo
mais de 801 mil toneladas por ano. Até março de 2018 já foram produzidos 195
mil toneladas de alumínio primário.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A aplicação deste metal é variada, podendo ser em: bens de
consumo; construção civil; indústria automotiva; embalagens; máquina e
equipamentos, e indústria elétrica. </span><span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">http://guanaplast.com.br/noticia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">alumínio</b> é o
terceiro elemento químico mais abundante na crosta terrestre e o mais abundante
entre os metálicos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">É obtido a partir do minério bauxita através de um processo
de refino, que resulta em um pó branco, a alumina. Em seguida a alumina passa
por um processo eletroquímico e é transformado em alumínio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Os impactos ambientais do alumínio começam já no processo de
extração da bauxita, pois provocam um intenso impacto do solo e dos corpos
hídricos. O alumínio é 100% Reciclável.<o:p></o:p></span></p>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-10823650023813747022023-05-18T12:55:00.002-07:002023-05-18T12:58:42.822-07:00MAFALDA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh1woyXLKcrok7J8ryRrhpeQaisc9_EMrOREXZQdhF7jjQ0cj_xOb907ublkMIR-5qMvr9KeuEt3DyKhyyA_n6udL-_j09GhGftjFyFnGspI-79h2qLsPKOV6dcmlXLFDL2ck37zpwmgAZEKtXSyqy78xq_cAQbgcU1daGKqOMkInvaj9-W_0UBxiojEw" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="195" data-original-width="640" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh1woyXLKcrok7J8ryRrhpeQaisc9_EMrOREXZQdhF7jjQ0cj_xOb907ublkMIR-5qMvr9KeuEt3DyKhyyA_n6udL-_j09GhGftjFyFnGspI-79h2qLsPKOV6dcmlXLFDL2ck37zpwmgAZEKtXSyqy78xq_cAQbgcU1daGKqOMkInvaj9-W_0UBxiojEw=w665-h256" width="665" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh5S0RXeh7TqFnj6giDhP4W3W_Bq2UUP2CUeta9x8aN2UmZOXnvlBAafr7SciQ1u3XqCupJbtCV-hWWSVf7cHuptlzzB2xEQhQgjiXCeDi3-_znEBfYu5OvkfjjhVMWPlN-IM8ZDSmAarmscHXC2_iclgroht5-T5Z6PXLYjnlM5A0pjsA53jJ664E7uw" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="190" data-original-width="640" height="188" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh5S0RXeh7TqFnj6giDhP4W3W_Bq2UUP2CUeta9x8aN2UmZOXnvlBAafr7SciQ1u3XqCupJbtCV-hWWSVf7cHuptlzzB2xEQhQgjiXCeDi3-_znEBfYu5OvkfjjhVMWPlN-IM8ZDSmAarmscHXC2_iclgroht5-T5Z6PXLYjnlM5A0pjsA53jJ664E7uw=w648-h188" width="648" /></a></div><br /><br /><p></p><p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj-pxpba5yLPPkS3g0IOKzkiKAvAuCEjoP-wCuP4EFNNAy9cCs-OY9ZCu2ZJhBg4kHZj4UrJOqMTSv6crRCIgr_TPi0tXouBYiK-ENZ22lGfcV3cS25Eq94b4ph1_BWHV_QxPYaxI3mJ9fZKvb9cuZ23zA-H_jcD6CBhG8wx-lTJL5gGDoKNzAui3ivvA" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="182" data-original-width="640" height="324" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj-pxpba5yLPPkS3g0IOKzkiKAvAuCEjoP-wCuP4EFNNAy9cCs-OY9ZCu2ZJhBg4kHZj4UrJOqMTSv6crRCIgr_TPi0tXouBYiK-ENZ22lGfcV3cS25Eq94b4ph1_BWHV_QxPYaxI3mJ9fZKvb9cuZ23zA-H_jcD6CBhG8wx-lTJL5gGDoKNzAui3ivvA=w640-h324" width="640" /></a></div><br /><br /><p></p><p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi4eXfU48qIDa330Z1sOlH-SHIEdu3B-j4kDtKikph21WCWf9MqTat0A34a_x13npZfTLx_uhnH5vws42YdO_cQy3c4ZnBz5UPwA6DIrYWgUnj4-oZZ_zRL-_xFi13q5qGCJuEP1cocOBahx9oUPr233ZMuo4t1PlSEByk81IwfpiEKEZqH93QPbqucsA" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="212" data-original-width="640" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi4eXfU48qIDa330Z1sOlH-SHIEdu3B-j4kDtKikph21WCWf9MqTat0A34a_x13npZfTLx_uhnH5vws42YdO_cQy3c4ZnBz5UPwA6DIrYWgUnj4-oZZ_zRL-_xFi13q5qGCJuEP1cocOBahx9oUPr233ZMuo4t1PlSEByk81IwfpiEKEZqH93QPbqucsA=w637-h292" width="637" /></a></div><br /><br /><p></p>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-81083618768078000982023-05-18T12:45:00.000-07:002023-05-18T12:45:00.468-07:00POESIAS DIVERSAS<p> <b style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Autoria: Mario Quintana</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“O Verão é um senhor
gordo, sentado na varanda,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Suando em bicas e
reclamando cerveja.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O Outono é um tio
solteirão que mora lá em cima no sótão<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E a toda hora protesta
aos gritos:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“Que barulho é este na
escada?!”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O Inverno é um vovozinho
trêmulo, com a boina enterrada até os olhos,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">a manta enrolada nos
queixos e sempre resmungando: “Eu não passo deste Agosto, eu não passo deste
Agosto…”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A Primavera, em
contrapartida<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">– é ela quem salva a
honra da família! – é uma menininha pulando corda,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Cabelos ao vento
pulando e cantando debaixo da chuva<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Curtindo o frescor da
chuva que desce do céu<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O cheiro de terra que
sobe do chão<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O tapa do vento na
cara molhada! (…)” <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Autoria: Mario Quintana<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Deixa-me seguir para o
mar <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tenta esquecer-me... Ser
lembrado é como<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">evocar-se um
fantasma... Deixa-me ser<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">o que sou, o que
sempre fui, um rio que vai fluindo...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Em vão, em minhas
margens cantarão as horas,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Me recamarei de
estrelas como um manto real,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Me bordarei de nuvens
e de asas,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Às vezes virão em mim
as crianças banhar-se...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Um espelho não guarda
as coisas refletidas!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E o meu destino é
seguir... é seguir para o Mar, as imagens perdendo no caminho...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Deixa-me fluir,
passar, cantar...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">toda a tristeza dos
rios é não poderem parar!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Autoria: Mario Quintana
</span></b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Seiscentos e
Sessenta e Seis <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quando se vê, já é 6ª-feira…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quando se vê, passaram 60 anos!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Agora, é tarde demais para ser reprovado…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu nem olhava o relógio<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Seguia sempre em frente…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das
horas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Autoria: Mario Quintana<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Presença<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">É preciso que a saudade desenhe tuas
linhas perfeitas,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Teu perfil exato e que, apenas,
levemente, o vento<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Das horas ponha um frêmito em teus
cabelos…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">É preciso que a tua ausência trescale<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sutilmente, no ar, a trevo machucado,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">As folhas de alecrim desde há muito
guardadas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não se sabe por quem nalgum móvel
antigo…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas é preciso, também, que seja como
abrir uma janela<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">e respirar-te, azul e luminosa, no
ar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">É preciso a saudade para eu sentir<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Como sinto – em mim – a presença
misteriosa da vida…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas quando surges és tão outra e
múltipla e imprevista<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Que nunca te pareces com o teu
retrato…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E eu tenho de fechar meus olhos para
ver-te.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Autoria: Mario Quintana
</span></b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Bilhete <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Se tu me amas, ama-me baixinho<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não o grites de cima dos telhados<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Deixa em paz os passarinhos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Deixa em paz a mim!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Se me queres,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Enfim,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tem de ser bem devagarinho, Amada,<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Que a vida é breve, e o amor mais
breve ainda...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Autoria: Vinicius de
Morais </span></b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A Rosa de
Hiroshima <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pensem nas crianças<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mudas telepáticas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pensem nas meninas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Cegas inexatas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pensem nas mulheres<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Rotas alteradas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pensem nas feridas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Como rosas cálidas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas oh não se esqueçam<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Da rosa da rosa<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Da rosa de Hiroshima<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A rosa hereditária<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A rosa radioativa<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Estúpida e inválida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A rosa com cirrose<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A antirrosa atômica<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sem cor sem perfume<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sem rosa sem nada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Autoria: Vinicius de
Morais </span></b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Soneto de Fidelidade<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">De tudo ao meu amor
serei atento<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Antes, e com tal zelo,
e sempre, e tanto<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Que mesmo em face do
maior encanto<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Dele se encante mais
meu pensamento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quero vivê-lo em cada
vão momento<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E em seu louvor hei de
espalhar meu canto<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E rir meu riso e
derramar meu pranto<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ao seu pesar ou seu
contentamento<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E assim, quando mais
tarde me procure<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quem sabe a morte,
angústia de quem vive<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quem sabe a solidão,
fim de quem ama<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu possa me dizer do
amor (que tive):<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Que não seja imortal,
posto que é chama<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas que seja infinito enquanto
dure.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Autoria: Vinicius de Morais<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pela luz dos olhos
teus<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quando a luz dos olhos
meus<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E a luz dos olhos teus<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Resolvem se encontrar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ai que bom que isso é
meu Deus<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Que frio que me dá o
encontro desse olhar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas se a luz dos olhos
teus<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Resiste aos olhos meus
só p’ra me provocar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Meu amor, juro por
Deus me sinto incendiar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Meu amor, juro por
Deus<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Que a luz dos olhos
meus já não pode esperar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quero a luz dos olhos
meus<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Na luz dos olhos teus
sem mais lará-lará<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pela luz dos olhos
teus<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eu acho meu amor que
só se pode achar<o:p></o:p></span></p>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Que a luz dos olhos meus precisa se casa</span>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-80951588294483366842023-05-01T06:30:00.002-07:002023-05-01T06:30:47.931-07:00AMOR<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 18.0pt;">SALA DE LEITURA - AMOR<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt;">1 – A transmissão do Amor <o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 16.0pt;">O amor é indispensável para o desenvolvimento do
indivíduo. Quando o amor é transmitido quem o recebe desenvolve atitudes
positivas em relação a si mesmo, aos outros e à vida. Junto com o amor, o
indivíduo recebe elementos e sentimentos que são necessários para que o amor se
frutifique e encontre morada: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">respeito,
responsabilidade, generosidade, carinho, proteção, incentivo</b>. Amar é sempre
grandioso e é um sentimento que precisa ser alimentado sempre. Pequenos gestos também
podem ser provas de amor, como em casa, por exemplo: retirada do prato da mesa,
colocar lixo para fora, auxílio em pequenas tarefas, um elogio, uma pequena
palavra de conforto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 16.0pt;">O que se vê, algumas vezes, é alguém aproveitando, por
exemplo, em família, os conflitos para despejar o ódio, a raiva, o ciúme, a
inveja, a cobrança de sentimentos. Quando deveria, na verdade, parar, pensar,
perceber no que pode ajudar e, através de pequenos gestos demonstrar seu amor. A
prática do amor melhora as relações com as pessoas da família e ele deve ser maior
que as coisas materiais, pois coisas materiais vêm e vão. Se houver amor,
haverá, com certeza, a compreensão pela ausência do material e sua conquista
poderá ser questão de tempo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 16.0pt;">Com amor o adolescente pode redescobrir a família,
pode reaproximar-se dos pais, entendendo-lhes a linguagem e a tentativa deles
em oferecer o melhor. Com tolerância e mais amor é possível eliminar mágoas e
pequenos transtornos de relacionamento, que nada mais fazem do que ferir e manter
o jovem sempre distante da elevação emocional que ele tanto deseja. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt;">2 – Amor de amigo<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 16.0pt;">Podemos considerar como sendo o segundo amor mais
importante na vida do indivíduo. Assim que ele começa a tomar contato com o
mundo, os amigos tornam-se parte importante da maneira como ele irá ver esse
mundo e, também, como o indivíduo irá se relacionar com a amizade e com esse
novo tipo de amor, que é completamente diferente do amor de família. Inicialmente
os contatos podem ser de descoberta e surpresa. Muitas vezes o indivíduo leva
para os amigos o que aprendeu em casa e acaba trazendo para casa o que aprendeu
com os amigos. Pode passar a contestar os valores dos pais, da família, da
sociedade, isto é, a ter a sua própria visão do mundo e dos valores humanos, a
conceituar pessoas e regimes, estabelecendo, muitas vezes, suas regras de
comportamento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 16.0pt;">É na convivência que o indivíduo vai descobrindo se
aquele amigo corresponde às expectativas que ele tinha em termos de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">confiança, solidariedade, amor, força e,
até, de ciúme</b>, pois conviver com amigos possessivos não é fácil, pois
provoca desgaste na relação e, com o tempo, o distanciamento. Alguns amigos
impõem tanta opressão em cima do outro, que leva o outro a lhe mentir,
esquivar-se de sua companhia, arrumar desculpas esfarrapadas para não compartilhar
tal amizade. Cada indivíduo é diferente e pode precisar de várias pessoas para se
sentir completo. Um indivíduo pode ser amigo de várias pessoas, pois cada uma
pode lhe trazer algo, completá-lo em algum ponto, sem que isso cause prejuízo a
nenhuma das partes. O que fará com que uma amizade tenha ou não valor serão os
elementos que os envolvidos deverão ter um com o outro: cumplicidade, respeito,
fidelidade, solidariedade, empatia. Ninguém abandona um amigo, com certeza, por
ele tê-lo respeitado, ter guardado segredo, ter ficado ao seu lado nos momentos
de dificuldade. Abandona-se o amigo por ter sido traído, por ter sido deixado
de lado, por ter sido oprimido, por ter sido desrespeitado. Cada um acaba por
escolher melhor os indivíduos com os quais quer conviver e crescer,
permitindo-se envolver por aqueles que lhe provocam maior empatia, que
demonstram maiores afinidades com seus valores morais e culturais. Uma
verdadeira amizade se constrói com o tempo, com muita paciência e,
principalmente agindo com outro como se gostaria que ele agisse consigo: quer
respeito, respeite; quer solidariedade, seja solidário; quer ser ouvido,
ouça... E assim por diante. Precisamos do outro para viver e os outros
precisam, com certeza, também de nós. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt;">3 – Amor pelas causas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 16.0pt;">Há pessoas que, pela sua maneira de conduzir sua
própria vida e pela maneira como lidam com os demais, acabam chamando a atenção
pelas suas atitudes. É evidente que, muitas dessas pessoas não planejam sua
vida com o objetivo de se tornarem famosas ou chamarem a atenção, mas acabam
justamente fazendo isso ao agirem e defenderem causas, que beneficiam pequenos
ou grandes grupos. Alguns chamam essa atitude de solidariedade, mas nem sempre
envolvem pessoas. Às vezes trata-se da natureza, de animais... Exemplos: Chico
Mendes, componentes do Green Peace, Chico Xavier, Betinho, Madre Teresa de
Calcutá, Irmã Dulce... Anônimos que não medem esforços em doar em pouco de si
em benefício do próximo. São pessoas consideradas especiais por suas atitudes
de doação e desprendimento em relação às coisas materiais. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 16.0pt;">Algumas pessoas desenvolvem na infância as
experiências de cooperação, através de brincadeiras e que ao longo de sua vida
transformam-se em sentimentos de altruísmo e solidariedade. Esse partilhar com
o outro, muitas vezes, exige certo sacrifício pessoal, sem que haja conflito,
evidentemente, já que proporciona a descoberta do ser útil, de ser cooperativo.
Esse tipo de amor faz com que o indivíduo melhore a auto-estima, pois acaba
descobrindo maneiras de eliminar dificuldades próprias ao ajudar o outro e cria
uma alavanca, capaz de impulsionar todos aqueles que dele se cercam. Esse amor
espalha a paz, diminui a violência, a desigualdade social.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 16.0pt;">Sempre é possível doar-se, mesmo quando se acredita
não ter nada na vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt;">4 – Amor nos relacionamentos<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 16.0pt;">O amor é sempre o alimento essencial da vida. É
estímulo e sustentação dos objetivos nobres da vida. Quando se ama, adquire-se
a compreensão da vida e se amadurece, desenvolvendo o sentido de crescimento
amoroso e amigo. Quando, porém, alguém só deseja ser amado, permanecerá na
infância emocional, pois o amor deve ser dado e recebido, pois ele é relevante
na evolução do homem, aquece o coração, enriquece a vida, desenvolve a visão
otimista no indivíduo e transforma a desesperança em fonte renovadora.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 16.0pt;">Todos esperam encontrar alguém especial para que possam
dividir sua vida, completar sua existência, mas cada um ao chegar na fase da
busca do amor com o outro traz em si um grande e enorme arquivo emocional, que
poderá mostrar-lhe como o amor chegará ou não em sua vida. Como o adolescente
está em fase de descobrimento, muitas vezes, recebe o amor, mas acaba não
sabendo direcioná-lo ou distingui-lo com o que se trata de sensação, admiração,
arrebatamento do verdadeiro sentimento de afetividade sem exigência, sem
agradecimento, sem dependência, sem aprisionamento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 16.0pt;">O adolescente vive, hoje, um tempo de controvérsias
emocionais em razão das diferenças de padrões morais e comportamentais. Vive a
inquietação e a insegurança. Tem a impressão de que tudo ao seu redor é tratado
de qualquer jeito e de qualquer modo. Ele aceita os estereótipos de qualquer
espécie, como desgarrado, indiferente, rebelde, dependente e isso vai lhe
tornando um ser ou despreocupado com os relacionamentos ou de atitudes
desprezíveis para com os outros. Pensa-se, primeiro, em levar vantagem, em não
perder a oportunidade, em não deixar passar, em se apegar ao materialismo, ao
sensualismo. Não há a preocupação com o que “eu posso fazer ao outro” tanto de
bem, como de mal, mas “como o outro pode me satisfazer e atender todos os meus
desejos”. Como há uma inversão enorme de valores na sociedade, o adolescente
passa a cultuar esses mesmos valores e, automaticamente, sai em busca daquele
que o complete, daquele com o qual ele possa dividir algo, mas depara-se com o
vazio. O amor tão propagado não aparece. O que deveria ser alegria
transforma-se em desilusão. O jovem acha que “ficar” com muitas (os) lhe trará
a chamada paz de espírito, percebe que mais uma vez “ficou” mesmo foi sozinho
com outro ser que também estava sozinho. O amor nos relacionamentos precisa de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cumplicidade, responsabilidade, amizade</b>.
Quem quer achar um amor, mas não quer compromisso corre o risco de ficar sem
ninguém. Aquele trecho de uma música que diz: “Eu sou de todo mundo e todo
mundo é meu também” não é verdade. Cada um “pertencerá” ao outro ser que também
desejará ser do outro. Encontrar muitos corpos não é porta de entrada do amor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 16.0pt;">O amor entre as pessoas precisa mais do que encontro
de corpos precisa encontro de almas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 16pt;">Texto:
</span><b style="font-size: 16pt;">Tudo é Amor</b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 16pt;">Vida
- É o amor existencial.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Razão
– É o amor que pondera.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Estudo
– É o amor que analisa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Ciência
– É o amor que investiga.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Filosofia
– É o amor que pensa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Religião
– É o amor que busca Deus.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Verdade
– É o amor que se eterniza.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Ideal
– É o amor que se eleva.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Fé
– É o amor que se transcende.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Esperança
– É o amor que sonha.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Caridade
– É o amor que auxilia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Fraternidade
– É o amor que se expande.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Sacrifício
– É o amor que se esforça.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Renúncia
– É o amor que se depura.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 16.0pt;">Simpatia – É o amor que
sorri.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Altruísmo
– É o amor que se engrandece.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Trabalho
– É o amor que constrói.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Indiferença
– É o amor que se esconde.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Desespero
– É o amor que se desgoverna.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Paixão
– É o amor que se desequilibra.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Ciúme
– É o amor que se desvaira.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Egoísmo
– É o amor que se animaliza.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Orgulho
– É o amor que enlouquece.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Sensualismo
– É o amor que se envenena.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Vaidade
– É o amor que se embriaga.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;">Finalmente,
o ódio que julgas ser a antítese do Amor, não é senão o próprio Amor que
adoeceu gravemente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-21706706730405295502023-04-17T07:47:00.002-07:002023-04-17T07:47:39.056-07:00FAKE NEWS<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">FAKE NEWS<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">As notícias falsas, as chamadas Fake News, se transformaram
em uma enorme dor de cabeça no mundo todo. O assunto ganhou visibilidade e
atrai a atenção da sociedade, autoridades e parlamentares. No Brasil, desde o
ano passado, deputados defendem a necessidade de legislar a respeito desse
assunto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Na Câmara, tramitam mais de vinte propostas sobre Fake News.
Entre os parlamentares, há quem defenda que seja aplicada, na internet, a
legislação atual sobre injúria, calúnia e difamação, além do marco civil da internet
(Lei 12.965/14), que prevê que a retirada de conteúdo seja precedida de decisão
judicial.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%;"><a href="https://www.camara.leg.br/tv/543408-fake-news/">https://www.camara.leg.br/tv/543408-fake-news/</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Calúnia</span></u></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> - No
século XXI o uso e impacto das notícias falsas se tornaram amplos, assim como o
uso do termo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O crime de calúnia está
previsto no artigo 138 do Código Penal, e consiste em atribuir falsamente a
alguém a autoria de um crime. Para que se configure o crime de calúnia, é
preciso que seja narrado publicamente um fato criminoso. Um exemplo seria
expor, na internet, o nome e foto de uma pessoa como autor de um homicídio, sem
ter provas disso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Exemplo: Maria Matou João
com a chave inglesa na biblioteca.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A pena pelo crime de calúnia
é detenção de seis meses a dois anos e multa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial Narrow","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Difamação</span></u></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> -<u> </u></span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Prevista
no artigo 139 do Código Penal, a difamação consiste em imputar a alguém um fato
ofensivo a sua reputação, embora o fato não constitua crime, como ocorre com a
calúnia. É o caso, por exemplo, de uma atriz que tem detalhes de sua vida
privada exposta em uma revista.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Neste caso, ainda que o fato
narrado seja verídico, divulgá-lo constitui crime. A pena para este crime é
detenção de três meses a um ano e multa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">No entanto, caso o réu,
antes da sentença, se retrate da calúnia ou da difamação, fica isento de pena,
conforme determina o artigo 143 do Código Penal.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Exemplo: Menina, a Maria está
tendo um caso com o João.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Injúria</span></u></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> - O
crime de injúria, previsto no artigo 140 do Código Penal, ocorre quando uma
pessoa dirige a outra pessoa algo desonroso e que ofende a sua dignidade – é o
famoso xingamento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Como se trata de um crime
que ofende a honra subjetiva, ao contrário do que ocorre com a calúnia e
difamação, no crime de injúria não é necessário que terceiros tomem ciência da
ofensa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O juiz pode deixar de
aplicar a pena quando a pessoa ofendida tiver provocado a ofensa de forma
reprovável, ou caso tenha respondido imediatamente com outra injúria.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Não caracteriza injúria a
crítica literária, artística ou científica, conforme o artigo 142 do Código
Penal, assim como ofensas proferidas durante um julgamento, durante a discussão
da causa, por qualquer uma das partes. A pena para este crime é detenção de um
a seis meses ou multa. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Na hipótese da injúria
envolver elementos referentes à raça, cor, etnia, religião origem ou a condição
de pessoa idosa ou portadora de deficiência, a pena é aumentada para reclusão
de um a três anos e multa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Exemplo: João é canalha!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">https://www.cnj.jus.br/cnj-servico-diferenca-entre-calunia-injuria-e-difamacao<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">No século XXI, o uso e impacto das notícias falsas se
tornaram amplo, assim como o uso do termo Fake News. Além de ser usado para
criar histórias inventadas para enganar os leitores é um recurso usado para
aumentar a quantidade de leitores online e assim aumentar os lucros dos sites.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">"Fake News são notícias falsas publicadas por veículos
de comunicação como se fossem informações reais. Esse tipo de texto, em sua
maior parte, é feito e divulgado com o objetivo de legitimar um ponto de vista
ou prejudicar uma pessoa ou grupo (geralmente figuras públicas).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">As Fake News têm um grande poder viral, isto é, espalham-se
rapidamente. As informações falsas apelam para o emocional do
leitor/espectador, fazendo com que as pessoas consumam o material “noticioso”
sem confirmar se é verdade seu conteúdo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O poder de persuasão das Fake News é maior em populações com
menor escolaridade e que dependem das redes sociais para obter informações. No
entanto, as notícias falsas também podem alcançar pessoas com mais estudo, já
que o conteúdo está comumente ligado ao viés político.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Como surgiu o termo
Fake News?<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O termo Fake News ganhou força mundialmente em 2016, com a
corrida presidencial dos Estados Unidos, época em que conteúdos falsos sobre a
candidata Hillary Clinton foram compartilhados de forma intensa pelos eleitores
de Donald Trump.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Apesar do recente uso do termo Fake News, o conceito desse
tipo de conteúdo falso vem de séculos passados e não há uma data oficial de
origem. A palavra “fake” também é relativamente nova no vocabulário, como
afirma o Dicionário Merriam-Webster. Até o século XIX, os países de língua
inglesa utilizavam o termo “false news” para denominar os boatos de grande circulação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">As Fakes News sempre estiveram presentes ao longo da
história, o que mudou foi a <u>nomenclatura</u>, o meio utilizado para
divulgação e o potencial de <u>persuasão</u> que o material falso adquiriu nos
últimos anos."<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Por que as pessoas
compartilham fake news?<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Segundo levantamento feito por veículos de comunicação, como
a Folha de São Paulo, as páginas de Fake News têm maior participação dos usuários
de redes sociais do que as de conteúdo jornalístico real. De 2017 a 2018, os
veículos de comunicação tradicionais apresentaram queda de 17% em seu
engajamento (interação), enquanto os propagadores de fake news tiveram um
aumento de 61%.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Para legitimar as Fake News, as páginas que produzem e
divulgam esse tipo de informação costumam misturar as publicações falsas com a
reprodução de notícias verdadeiras de fontes confiáveis. Outro problema
presente nas redes sociais são as chamadas sensacionalistas que induzem ao
erro. Quem deseja espalhar um boato pode retirar de contexto um dado ou
declaração para usar em seu título ou no texto de sua postagem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Consequências das Fake
News<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Divulgar Fake News é um ato muito perigoso. Compartilhar
informações falsas, fotos e vídeos manipulados e publicações duvidosas pode
trazer riscos para a saúde pública, incentivar o preconceito e resultar em
mortes. Inocentes já foram linchados, pessoas já foram acusadas de sequestro e
outros casos que só causaram tristeza e medo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Como combater as Fake News?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O combate às Fake News é algo difícil. Os mecanismos de
produção e veiculação das falsas informações são muito eficientes e escondem a
identidade dos criminosos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Para o usuário da internet, o importante é conseguir
identificar uma notícia falsa ou sensacionalista e não compartilhar conteúdo
duvidoso. Agências de jornalismo especializado são uma ferramenta útil para
saber se um conteúdo é Fake News ou não.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Agência Lupa</b> é
uma criação da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Revista Piauí</b> com a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Fundação Getúlio Vargas</b> e com a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">rede Um Brasil</b>. Lançada em 2015, o site
analisa conteúdo nacional e internacional e classifica-os em: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">verdadeiro; verdadeiro, mas…; ainda é cedo
para dizer; exagerado; contraditório; insustentável; falso e de olho.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Boatos.org</b> é um
site formado por vários jornalistas brasileiros que investigam conteúdos que
circulam nas redes e informam aos leitores se são verdadeiros ou falsos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Outra agência especializada em desvendar Fake News é <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Aos Fatos</b>. Seus criadores fazem parte
de uma rede internacional de investigadores e trabalham com a análise dos
assuntos mais populares da internet. O site possui uma parceria com o Facebook
para ajudar os usuários do Messenger (serviço de mensagens instantâneas da
empresa) na navegação e identificação da veracidade dos posts. As notícias são
definidas pela equipe como <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">verdadeiras,
imprecisas, exageradas, contraditórias, insustentáveis e falsas.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Veja mais sobre "O que são Fake News?" em:
https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/o-que-sao-fake-news.htm<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Por Lorraine Vilela Campos - Equipe Brasil Escola<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-11953570751878027362023-04-03T11:02:00.005-07:002023-04-03T12:39:13.501-07:00Autismo<p> </p><h2 style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #373737; font-family: Nunito, Helvetica, Arial, Lucida, sans-serif; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size: 20px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variation-settings: inherit; letter-spacing: 0.5px; line-height: 1.2em; margin: 0px; padding: 0px 0px 10px; vertical-align: baseline;"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Autismo<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">De acordo com a Organização
Pan-Americana de Saúde (OPAS), o Transtorno do Espectro Autista (TEA) se refere
a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">no comportamento social, na comunicação e
na linguagem</b>. Outras características comuns são o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">foco em detalhes, reações incomuns às sensações e aos sentidos (como
tato ou audição) e também dificuldade na transição de uma atividade para outra,
por exemplo.<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">As características são bastante
variáveis, com diferentes amplitudes e/ou intensidades. Ou seja, podem variar
muito de pessoa para pessoa. Ainda, indivíduos com TEA frequentemente podem
apresentar outras condições, como <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">transtorno
de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), ansiedade, depressão e
epilepsia.<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Portanto, o autismo constitui um
grupo diversificado de condições, relacionadas ao desenvolvimento do cérebro.
Em todo o mundo, estima-se que 1 em cada 160 crianças tenham TEA. Contudo,
acredita-se que a prevalência seja ainda maior, sobretudo em países de baixa e
média renda.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">De forma geral, as
características do autismo costumam ser identificadas ainda na primeira
infância, até os cinco ou seis anos de idade. E isso é extremamente importante,
para que os pequenos e pequenas tenham acesso às terapias especializadas,
contribuindo para o estímulo e desenvolvimento de habilidades.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Alguns dos principais comportamentos em crianças com TEA:<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Interação social</b>: ausência ou baixa frequência de contato visual,
sem interação espontânea com adultos e também outras crianças;</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Comportamento:</b> repetitivo e estereotipado (como dar pulos,
chacoalhar as mãos ou se balançar), além de ter interesse restrito em temas e
brinquedos específicos;</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Linguagem</b>: ausência ou atraso significativo do desenvolvimento de
linguagem oral (compreensão e expressão) e alteração em diversas habilidades
linguísticas.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">fonte: <a href="https://leiturinha.com.br/blog">https://leiturinha.com.br/blog</a> (com
alterações)</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Empatia<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Empatia é a capacidade
psicológica de sentir o que sentiria outra pessoa, caso estivesse na mesma
situação vivenciada por ela. É tentar compreender sentimentos e emoções,
procurando experimentar o que sente outro indivíduo.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A empatia leva as pessoas a
ajudarem umas às outras. Está intimamente ligada ao altruísmo - amor e
interesse pelo próximo - e à capacidade de ajudar.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A empatia também ajuda a
compreender melhor o comportamento alheio em determinadas circunstâncias e a
forma como outra pessoa toma as decisões.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Um exemplo de empatia seria o
caso de racismo, por exemplo. Ao ver ou saber que uma pessoa sofreu racismo,
você pode ter empatia por ela, tentando entender o que ela sentiu ao sofrer com
o episódio.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mesmo que o caso de racismo não
seja diretamente com você, o sentimento de se colocar no lugar do outro e
acolher a dor sofrida por ele são manifestações de empatia. Sendo assim, o
antônimo da empatia seria a indiferença ao que o outro sofre.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Empatia nas relações<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A empatia pode ocorrer em todos
os tipos de relacionamentos humanos: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">nas
relações familiares, nas amizades, no ambiente de trabalho e até mesmo com
pessoas desconhecidas.<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nas relações pessoais a empatia
pode ser fundamental para a compreensão de dificuldades das pessoas com quem se
convive, ajudando a diminuir e evitar conflitos.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O mesmo pode ocorrer no ambiente escolar,
já que a empatia pode ajudar que um colega compreenda as dificuldades
enfrentadas por outro.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Fonte: <a href="https://www.significados.com.br/empatia/">https://www.significados.com.br/empatia/</a>
(com modificações)</p><br /></h2>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-27332268571409785572023-03-23T04:45:00.004-07:002023-03-23T04:45:42.687-07:00BIOGRAFIA: MONTEIRO LOBATO<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">MONTEIRO LOBATO<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Monteiro Lobato (José Bento Renato Monteiro Lobato) foi um
escritor brasileiro.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Nasceu na cidade paulista de Taubaté, no dia 18 de abril
de 1882. Estudou no colégio Kennedy e também no colégio Paulista, ambos de sua
cidade natal. Com a morte dos pais, o autor passou a residir, em 1899, na casa
do avô, o visconde de Tremembé. Iniciou o curso de Direito na Faculdade de
Direito do Largo de São Francisco.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Durante seu tempo de estudante na cidade de
São Paulo, participou da sociedade literária Arcádia, escreveu crônicas e
críticas, e foi redator do jornal “O Onze de Agosto”, entre outros periódicos. Sua
formatura ocorreu em 15 de dezembro de 1904. Já em 1906, foi nomeado promotor
público interino de Taubaté.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">No ano seguinte, ocupou o cargo de promotor
público na cidade de Areias. Além disso, em 1908, fez traduções de artigos do
jornal londrino “Weekly Times” que foram publicadas em “O Estado de S. Paulo”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Com a morte do avô, em 1911, herdou a Fazenda do Buquira. Já
casado, mudou-se para lá com a família e se tornou fazendeiro. Dessa
experiência, resultou o artigo “Uma velha praga”, publicado no jornal “O Estado
de S. Paulo”, em 1914. Três anos depois, vendeu a fazenda e voltou a viver na
cidade de São Paulo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Além de escrever vários livros para adultos e crianças,
também investiu em outras carreiras. Assim, foi fazendeiro, editor e
empresário, além de atuar como adido comercial em Nova Iorque. Se meteu em
questões políticas e chegou a ser preso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O autor faleceu em 04 de julho de 1948, na cidade de São
Paulo, e deixou obras pré-modernistas (escritas para adultos) e também livros
infantis. O grande sucesso de sua carreira como escritor foi a série de livros
intitulada Sítio do Picapau Amarelo. Nessas narrativas infantis, personagens
como Emília e Visconde vivem grandes aventuras. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Em 1918, publicou sua primeira obra literária — o livro de
contos “Urupês”, e em 1920, também publicou sua primeira obra infantil: “A
menina do narizinho arrebitado” —, a qual, mais tarde, integrou o livro “Reinações
de Narizinho”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Lobato nunca conseguiu ocupar uma cadeira na Academia
Brasileira de Letras. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><u><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Obras de Monteiro
Lobato<o:p></o:p></span></u></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Urupês (1918)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Cidades mortas (1919)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Ideias de Jeca Tatu
(1919)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Negrinha (1920)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O macaco que se fez
homem (1923)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Mundo da lua (1923)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O presidente negro
(1926)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Mr. Slang e o Brasil
(1927)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Na antevéspera (1933)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O escândalo do
petróleo (1936)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A barca de Gleyre
(1944)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Sítio do Picapau
Amarelo (1921-1944)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O grande sucesso do escritor Monteiro Lobato, sua série
infantil “Sítio do Picapau Amarelo”, cujos personagens principais são:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">-Dona Benta: dona do
Sítio do Picapau Amarelo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Emília: uma esperta
boneca de pano.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Narizinho: a menina do
nariz arrebitado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Pedrinho: o menino
aventureiro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Tia Nastácia:
cozinheira e contadora de histórias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Visconde: o sábio
feito de sabugo de milho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Os primos Narizinho e
Pedrinho são netos de dona Benta. Com Emília e Visconde, eles vivem grandes
aventuras, que, muitas vezes, são compartilhadas com dona Benta e a querida Tia
Nastácia. Outros personagens secundários também participam das histórias, as quais
valorizam a cultura brasileira, além de trazerem conhecimento e reflexão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><u><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Fazem parte da série, os seguintes volumes:<o:p></o:p></span></u></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O Saci (1921)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Fábulas (1922)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">As aventuras de Hans
Staden (1927)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Reinações de Narizinho
(1931)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Viagem ao céu (1932)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Caçadas de Pedrinho
(1933)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">História do mundo para
as crianças (1933)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Emília no País da
Gramática (1934)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Aritmética da Emília
(1935)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Geografia de dona
Benta (1935)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">História das invenções
(1935)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Dom Quixote das
crianças (1936)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Memórias de Emília
(1936)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Serões de Dona Benta
(1937)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O poço do Visconde
(1937)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Histórias de Tia
Nastácia (1937)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O Picapau Amarelo
(1939)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O Minotauro (1939)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A reforma da natureza
(1941)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A chave do tamanho
(1942)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Os doze trabalhos de
Hércules (1944)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%;"><a href="https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/monteiro-lobato.htm">https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/monteiro-lobato.htm</a>,
acesso em 23.03.23<o:p></o:p></span></p>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-29173980878913165632023-03-14T11:26:00.001-07:002023-03-14T11:26:23.450-07:00LEITURA DE IMAGENS - 6º, 7º, 8º<p> </p><p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjvC5jo0Ae30uASgD0ZCHjTR_z6xDQBrviBI9Ak_SxQ14NmPnUooTWDeE1vsLG7smY6JTx3aXtPRdOdPczfbE0oqXUgYBmhsi1H8XSDGP66FDdc6zSrZVKckJQ_yuSOji49-T3vUEFtUCISns0hT9cNF4lY3nROaS0uhxKpFYXhg8hIluEfP70McuCC4w" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="183" data-original-width="275" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjvC5jo0Ae30uASgD0ZCHjTR_z6xDQBrviBI9Ak_SxQ14NmPnUooTWDeE1vsLG7smY6JTx3aXtPRdOdPczfbE0oqXUgYBmhsi1H8XSDGP66FDdc6zSrZVKckJQ_yuSOji49-T3vUEFtUCISns0hT9cNF4lY3nROaS0uhxKpFYXhg8hIluEfP70McuCC4w=w502-h300" width="502" /></a></div><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p>Quadro Campeão de bolinha de gude (1939) de Norman Rockwell</p><p>Fonte: Livro de Português Linguagens - Willian R Cereja/Thereza C. Magalhães</p><p>1) Como é o nome desse jogo que as crianças estão jogando?</p><p>2) O que chama a atenção na cena?</p><p>3) É possível dizer quem está ganhando?</p><p>4) O que a expressão do rosto das crianças pode nos dizer?</p><p>5) Hoje existem esportes, jogos e brincadeiras que são mais praticados por meninos?</p><p></p><p>6) E quais são mais praticados por meninas?</p><p>7) Na sua opinião, existe preconceito de sexo nas brincadeiras e nos jogos? Por quê?</p><p>8) Você conhece alguém que se destaca num jogo ou esporte que geralmente é praticado pelo sexo oposto? Essa pessoa sofre ou sofreu preconceitos? </p><p></p><div style="text-align: right;"><br /></div><p></p>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-77924272158816957242023-03-07T10:52:00.000-08:002023-03-07T10:52:36.479-08:00DICAS DE ESTUDO - 6º, 7º. 8º ANOS - SALA DE LEITURA<p> <b style="text-align: center;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">DICAS DE ESTUDO – PROFª MARIZA – SALA DE LEITURA</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">1 – MATERIAL<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Organize seu material para as aulas
que terá no dia seguinte.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Para tanto reserve um espaço em sua
casa para guardar todo o material.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Se não possui um material para
realizar determinado trabalho consulte pessoas que possam ajudá-lo a conseguir.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Materiais que são importantes para
o desenvolvimento da aula: lápis, borracha, caderno, régua e materiais
específicos solicitados por alguns professores: folha quadriculada, dicionário,
lápis coloridos, canetinhas etc.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">2 – TEMPO<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Administre seu tempo escolar. Hoje
com tantos atrativos tecnológicos é bem possível se distrair e quando perceber
as horas passaram e o que era para ser feito se acumula, causando transtornos e
desânimo para a vida escolar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Reserve um tempo para o lazer, mas
não se esqueça que há um objetivo maior em sua vida, que é a progressão dentro
da escola, com o cumprimento dos deveres e aprendizados e, consequentemente,
trazendo alegrias nas conquistas escolares.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Se o período de estudo é na parte
da manhã é preciso se organizar com as horas que restam, para que se cumpra as
tarefas solicitadas tanto dada pelos pais e como as determinadas pela escola. O
mesmo deve acontecer se o período de estudo é na parte da tarde. Sabendo que,
se acordar muito tarde, é possível que não dê tempo de cumprir todas as tarefas
necessárias. Se precisar solicite ajuda para se organizar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">2 – Estabeleça um tempo para estudar
as disciplinas. Pode-se dividir as horas disponíveis da semana pelo número de disciplinas.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">3 – ESTUDO<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Não deixe para estudar somente
perto de provas e outras avaliações.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Dedique um tempo para as
disciplinas que se tem dificuldade. Peça ajuda ao professor, aos amigos, mas
não deixe que a dúvida persista e aumente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- O ideal é que, após a aula ser
dada, o conteúdo ensinado passasse por um estudo e uma verificação de
aprendizagem pelo próprio aluno, preparando-se, desta forma para as avaliações
que, com certeza chegarão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- É possível fazer um plano de estudo
de segunda a sexta feira, e para os mais dedicados há sempre umas horinhas no
sábado que podem ser aproveitadas para estudo e revisão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Alguns alunos gostam de estudar
escrevendo, outros falando em voz alta. Outros gostam de fazer resumos, grifar
conteúdos usando o marca-texto. ... Descubra qual é a sua forma de estudar. Há
assuntos que precisam ser memorizados e outros não. Identifique isso também em
sua carreira de estudante.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Para se ter um bom rendimento na
escola é preciso levar uma vida saudável com alimentação boa e divertimento
também, e não se deve restringir a noite de sono, devido aos jogos eletrônicos,
que causam dificuldades na hora de dormir, afetando o sono e o descanso,
prejudicando o rendimento no dia seguinte.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">4 – TAREFAS<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Confira se tarefas e trabalhos a
serem feitos e para entrega já estão em ordem e finalizados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Seja pontual com sua entrega de
trabalhos e tarefas (De certo modo isto faz parte de um treinamento para a vida
adulta, em que muitas tarefas precisam ser feitas com prazo determinado).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Alguns alunos sentem dificuldades
na escrita, mas ela só tem progresso se for praticada. Leia e depois escreva o
que leia. Não precisa ser um livro inteiro, mas pequenos trechos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Pode-se escrever também sobre
assuntos e situações que se pensa e depois pedir para que a professora leia o
que foi escrito e corrija ou dê uma opinião.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Se for outra disciplina resolva
exercícios. A prática, com certeza, trará resultados satisfatórios,
principalmente se já tiver aprendido como se resolve este ou aquele problema.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Não se sinta constrangido se houver
erros eu um exercício feito, pois errar faz parte do processo. Avise
professores sobre suas dificuldades.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Preste bastante atenção nos
enunciados dos exercícios. Um enunciado não compreendido pode causar respostas
não corretas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: -.05pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">5 - INTERNET<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Ela é grande auxiliar no
desenvolvimento escolar dos estudantes, porém alguns alunos logo se dispersam e
ficam entrando em sites que não estão relacionados com os estudos,
principalmente os relativos a jogos e ao lazer.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Os vídeos também são interessantes
para o aprendizado, mas podem levar o estudante para a distração do que
realmente precisava pesquisar e estudar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Não use a internet para estudo ou
pesquisa sem ter ao lado material para anotação: lápis ou caneta e papel.<o:p></o:p></span></p>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-31204836752940233732023-02-23T12:10:00.001-08:002023-02-23T12:10:40.161-08:007º ANO - DEBAIXO DA PONTE - CARLOS DRUMOND DE ANDRADE<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Moravam debaixo da ponte. Oficialmente, não é lugar onde se
more, porém eles moravam. Ninguém lhes cobrava aluguel, imposto predial, taxa
de condomínio; a ponte é de todos, na parte de cima; de ninguém, na parte de
baixo. Não pagavam conta de luz e gás, porque luz e gás não consumiam. Não
reclamavam contra falta d’água, raramente observada por baixo de pontes.
Problema de lixo não tinham; podia ser atirado em qualquer parte, embora não
conviesse atirá-lo em parte alguma, se dele vinham muitas vezes o vestuário, o
alimento, objetos de casa. Viviam debaixo da ponte, podiam dar esse endereço a
amigos, recebê-los, fazê-los desfrutar comodidades internas da ponte.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>À tarde
surgiu precisamente um amigo que morava nem ele mesmo sabia onde, mas
certamente morava: nem só a ponte é lugar de moradia para quem não dispõe de
outro rancho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Há bancos
confortáveis nos jardins, muito disputados; a calçada, um pouco menos propícia;
a cavidade na pedra, o mato. Até o ar é uma casa, se soubermos habitá-lo,
principalmente o ar da rua. O que morava não se sabe aonde vinha visitar os de
debaixo da ponte e trazer-lhes uma grande posta de carne. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Nem todos os
dias se pega uma posta de carne. Não basta procurá-la; é preciso que ela
exista, o que costuma acontecer dentro de certas limitações de espaço e de lei.
Aquela vinha até eles, debaixo da ponte, e não estavam sonhando, sentiam a
presença física da ponte, o amigo rindo diante deles, a posta bem pegável,
comível. Fora encontrada no vazadouro, supermercado para quem sabe frequentá-lo,
e aqueles três o sabiam, de longa e olfativa ciência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Comê-la crua
ou sem tempero não teria o mesmo gosto. Um de debaixo da ponte saiu à caça de
sal. E havia sal jogado a um canto de rua, dentro da lata. Também o sal existe
sob determinadas regras, mas pode tornar-se acessível conforme as
circunstâncias. E a lata foi trazida para debaixo da ponte. Debaixo da ponte os
três prepararam comida. Debaixo da ponte a comeram. Não sendo operação diária,
cada um saboreava duas vezes: a carne e a sensação de raridade da carne. E
iriam aproveitar o resto do dia dormindo (pois não há coisa melhor, depois de
um prazer, do que o prazer complementar do esquecimento), quando começaram a
sentir dores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Dores que
foram aumentando, mas podiam ser atribuídas ao espanto de alguma parte do
organismo de cada um, vendo-se alimentado sem que lhe houvesse chegado notícia
prévia de alimento. Dois morreram logo, o terceiro agoniza no hospital.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Dizem uns
que morreram da carne, dizem outros que do sal, pois era soda cáustica. Há duas
vagas debaixo da ponte.<o:p></o:p></span></p>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-18657341418852364512023-02-22T03:56:00.002-08:002023-02-22T03:56:44.216-08:007º ANO - A BORBOLETA E O CASULO/ A LIÇÃO DA BORBOLETA <p> </p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A Borboleta
e o Casulo <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Quando a lagarta, tornada crisálida, concluiu praticamente a
sua transformação em lepidóptero, resta-lhe passar uma prova para se tornar
verdadeiramente borboleta. Tem de conseguir romper o casulo no seio do qual se
operou a transformação, a fim de se libertar dele e iniciar o seu voo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Se a lagarta teceu o seu casulo pouco a pouco,
progressivamente, a futura borboleta em compensação não pode libertar-se dele
da mesma forma, procedendo progressivamente. Desta vez tem de congregar força
suficiente nas asas para conseguir romper, de uma assentada, a sua gola de
seda.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">É precisamente graças a esta última prova e à força que ela
exige que a borboleta acumule nas suas jovens asas, que esta desenvolve a
musculatura de que terá necessidade depois para voar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Quem ignorar este dado importante e, imaginando ‘ajudar’ uma
borboleta a nascer, romper o casulo em seu lugar, assistirá ao nascimento de um
lepidóptero totalmente incapaz de voar. Esta não terá conseguido utilizar a
resistência da sua sedosa prisão para construir a força de que teria
necessidade para lançar-se seguidamente no céu.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A lição da
borboleta<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo e um homem
ficou observando o esforço da borboleta para fazer com que o seu corpo passasse
por ali e ganhasse a liberdade. Por um instante, ela parou, parecendo que tinha
perdido as forças para continuar. Então, o homem decidiu ajudar e, com uma
tesoura, cortou delicadamente o casulo. A borboleta saiu facilmente. Mas, seu corpo
era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta
porque esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e ela saísse
voando.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Nada disso aconteceu. A borboleta ficou ali rastejando, com o
corpo murcho e as asas encolhidas e nunca foi capaz de voar! O homem, que em
sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendeu que o casulo apertado e o
esforço eram necessários para a borboleta vencer essa barreira. Era o desafio
da natureza para mantê-la viva. O seu corpo se fortaleceria e ela estaria
pronta para voar assim que se libertasse do casulo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Algumas vezes, o esforço é tudo o que precisamos na vida. Se
Deus nos permitisse passar pela vida sem obstáculos, não seríamos como somos
hoje. A força vem das dificuldades, a sabedoria, dos problemas que temos que
resolver. A prosperidade, do cérebro e músculos para trabalhar. A coragem vem
do perigo para superar e, às vezes, a gente se pergunta: “não recebi nada do
que pedi a Deus”. Mas, na verdade, recebemos tudo o que precisamos. E nem
percebemos.<o:p></o:p></span></p>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-3559065161028612732023-02-21T16:14:00.001-08:002023-02-21T16:14:31.290-08:006º ANO - CRÔNICA: MAIS UM ANIMAL - JOSÉ ELIAS<p> </p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Chico
chegou da rua com um gatinho muito preto e muito magro debaixo do braço.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Vai me dizer que já
arrumou mais dor de cabeça pra mim – disse-lhe a mãe.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Olha pra ele, mãe,
tão bonitinho, tão magrinho. Ocê não tem dó dele?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Dó eu tenho, mas não
quero saber de mais bicho em casa. O quintal já tá parecendo zoológico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– A senhora mesmo vive
rezando pra São Francisco, o santo que acolhia os bichos…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Não é por ser devota
de São Francisco que vou transformar minha casa em zoológico. Pode dar fim
neste gato, não quero mais saber. Chegam muito os três que vivem embaraçando
nas pernas da gente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Olha pra ele, mãe.
Só ele, tenha piedade do coitado. Não deve ter dono, nem pai, nem mãe, nem
irmãozinho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Não quero nem olhar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Já sei por que não
quer: para não pegar amor por ele. Alisa só o pelinho dele, vê como o coitado
tá maltratado. Se fosse um angorá, aposto que você ia querer.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Se fosse um angorá,
o dono não deixaria solto na rua.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Chico saiu alisando o
pelo do gatinho, triste por ter que se livrar dele. Sentou no alpendre e
conversou com o gatinho:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Você tem que
compreender que a casa não é minha, se fosse…No fundo, ela tem razão. Tenho
três cachorros, três gatos, um papagaio, meia dúzia de galinhas, uma já ninhada
de cinco pintinhos; um casal de patos, um porquinho da Índia, um coelhinho
orelhudo … Sem contar, lá no sítio, o bezerro, o potrinho e a promessa que meu
pai fez de me comprar cabritos, bodes e cabras. Já vi que ocê não compreende,
que quer mesmo ficar. </span><span style="font-size: 14pt;">Vamos lá dentro tentar
de novo? Vamos?</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Mãe, você…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Outra vez com esse
gato?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Eu só queria um
pedaço de pão molhado no leite para dar pra ele. Depois de matar a fome, ele
vai embora. Vou jogar o gatinho bem longe daqui de casa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A mãe deu um pedaço de
pão e um pires com leite. Chico começou a matar a fome do novo amigo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Pão comido, leite
lambido, a mãe falou:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Agora que ele comeu,
pode dar o fora. E trate de levar esse gato pra bem longe.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">(...)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Mãe, já arrumei um
nome pra ele. Quer saber qual é?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Não quero saber
nada, quero que suma com ele.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Pus o nome nele de
Faquir. Coitado, tão magro, faminto, sem família, infeliz. Mãe? Ocê ouviu o
nome dele?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Ouvi. Tá bem
escolhido, mas pode levar o seu Faquir daqui logo, logo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Mãe, vamos fazer um
negócio?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Que negócio?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Meu aniversário está
perto. Ocê lembra o que foi que pedi de aniversário?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Pediu pro seu pai
comprar um cavalo. E daí?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Eu troco o cavalo
pelo Faquir. Ocê topa? Ele é tão infeliz, tão magrinho, sem ninguém por ele. O
cavalo fica pro ano que vem. Feito, hem, mãe?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A mãe não aguentou,
olhou com muito amor para o menino, passou a mão nos cabelos dele e disse-lhe:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Pode, Chico. Mas que
seja o último bicho que você traz pra casa. Tá certo assim?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Tá, tá certo, mãe. Ocê
é joia mesmo!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">E bem baixinho no
ouvido de Faquir, disse-lhe:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">- Eu não falei que ela
acabava cedendo? Ela é joia!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-70031339575410564722023-02-21T15:47:00.004-08:002023-02-21T15:47:35.108-08:003º ANO - ESCOLHA DO TEMA - MONOGRAFIA<p> ESCOLHA DO TEMA - 3º ANO - MONOGRAFIA</p><p><br /></p><p>Ao iniciar a monografia o primeiro passo é escolher o assunto. Depois de escolhido sobre o que se vai falar é importante saber que, toda pesquisa necessita ter uma pergunta, que fará com que a busca da resposta dê andamento ao trabalho. Por exemplo: uma biografia serve para se fazer uma monografia? Se for somente para relatar os acontecimentos da vida da pessoa, não. Mas se houver um questionamento envolvendo aquele indivíduo e cuja resposta não está totalmente clara, então é possível.</p><p>Toda questão que começa com “A importância de/da.... para a/o....” já está fora do padrão que se deseja para iniciar uma pesquisa.</p><p>É sempre bom começar o questionamento com o pronome “Como” e não utilizar afirmativas envolvendo palavras que não questionam; que não perguntam; que não permitem a busca de respostas e ampliação do conhecimento. </p><p>O uso do pronome interrogativo “Por que...” também pode dar possibilidade de se iniciar uma pesquisa.</p><p>Para fazer a sua escolha observe o que você gosta. Não se fixe somente na parte de lazer da sua vida. Observe a profissão que deseja seguir. Faça uma lista e depois veja dentre esses aspectos que você selecionou, qual deles tem possibilidade de se fazer uma pesquisa.</p><p>Sugestão de temas:</p><p><u>Água</u></p><p>– Como é possível reverter a contaminação de rios e oceanos?</p><p>- Como regiões afetadas pela seca podem sobreviver com a escassez de água?</p><p>- Por que não se encontra distribuição igualitária de água?</p><p><u>Fontes de energia</u></p><p>- Como os países se preparam para a utilização de novas fontes de energia?</p><p>- Como utilizar fontes renováveis de energia sem afetar o meio ambiente?</p><p><u>Alimentos</u></p><p>- Como encontrar soluções para a fome no mundo?</p><p>- Como conciliar produção de alimentos e manutenção do meio ambiente?</p><p>- Por que a alimentação não impede a existência de doenças?</p><p><br /></p><p><u>Ciência</u></p><p>- Como as viagens espaciais influenciam a vida cotidiana?</p><p>- Como alguns insetos resistem à ação do tempo?</p><p>- Por que a cura de doenças não se concretiza?</p><p><br /></p><p>Esses são apenas exemplos de como é possível ir a busca de temas para pesquisa.</p><p>Não se esqueça de que uma boa escolha de tema já influencia a aprovação do seu trabalho. A questão-problema é de fundamental importância para que se obtenha sucesso em sua monografia.</p><p>Boa sorte!</p><div><br /></div>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-70100231593521173132023-02-21T15:39:00.000-08:002023-02-21T15:39:09.511-08:006º ANO - RESUMO DO LIVRO "ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS" - LEWIS CARROLL<p> <span style="background-color: #fffaee; font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">Resumo do livro: “Alice no país das maravilhas” – Lewis Carroll (Charles
Lutwidge Dodgson - 1865)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">O livro conta a história de Alice, uma menina curiosa que segue um
Coelho Branco de colete e relógio, mergulhando sem pensar na sua toca. A
protagonista é projetada para um novo mundo, repleto de animais e objetos
antropomórficos, que falam e se comportam como seres humanos.<b><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">No País das Maravilhas, Alice se transforma, vive aventuras e é
confrontada com o absurdo, o impossível, questionando tudo o que aprendeu até
ali.<b><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">A menina acaba fazendo parte de um julgamento sem sentido e sendo
condenada à morte pela Rainha de Copas, tirana que mandava cortar a cabeça de
todos que a incomodavam. Quando é atacada pelos soldados da Rainha, Alice
acorda, descobrindo que toda a viagem se tratou de um sonho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">Trecho do livro “Alice no país das maravilhas”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">Capítulo 1 - Pela toca do Coelho<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">Alice estava começando a ficar muito cansada
de estar sentada ao lado da irmã na <u>ribanceira</u>, e de não ter nada que
fazer; espiara uma ou duas vezes o livro que estava lendo, mas não tinha
figuras nem diálogos, "e de que serve um livro", pensou Alice,
"sem figuras nem diálogos?".<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">Assim, refletia com seus botões (tanto quanto
podia, porque o calor a fazia se sentir sonolenta e burra) se o prazer de fazer
uma guirlanda de margaridas valeria o esforço de se levantar e colher as
flores, quando de repente um Coelho Branco de olhos cor-de-rosa passou correndo
por ela.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">Não havia nada de tão extraordinário nisso;
nem Alice achou assim tão esquisito ouvir o Coelho dizer consigo mesmo:
"Ai, ai! Ai, ai! Vou chegar atrasado demais!" (quando pensou sobre
isso mais tarde, ocorreu-lhe que deveria ter ficado espantada, mas na hora tudo
pareceu muito natural); mas quando viu o Coelho tirar um relógio do bolso do
colete e olhar as horas, e depois sair em disparada, Alice se levantou num
pulo, porque <u>constatou subitamente</u> que nunca tinha visto antes um coelho
com bolso de colete, nem com relógio para tirar de lá, e, ardendo de
curiosidade, correu pela campina atrás dele, ainda a tempo de vê-lo se meter a
toda a pressa numa grande toca de coelho debaixo da cerca.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">No instante seguinte, lá estava Alice se
enfiando na toca atrás dele, sem nem pensar de que jeito conseguiria sair
depois.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">Por um trecho, a toca de coelho seguia na
horizontal, como um túnel, depois se afundava de repente, tão de repente que
Alice não teve um segundo para pensar em parar antes de se ver despencando num
poço muito fundo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">Ou o poço era muito fundo, ou ela caía muito
devagar, porque enquanto caía teve tempo de sobra para olhar à sua volta e
imaginar o que iria acontecer em seguida. Primeiro, tentou olhar para baixo e
ter uma ideia do que a esperava, mas estava escuro demais para se ver alguma
coisa; depois olhou para as paredes do poço, e reparou que estavam forradas de
guarda-louças e estantes de livros; aqui e ali, viu mapas e figuras pendurados
em pregos. Ao passar, tirou um pote de uma das prateleiras; o rótulo dizia
"geleia de laranja", mas para seu grande desapontamento estava vazio:
como não queria soltar o pote por medo de matar alguém, deu um jeito de metê-lo
num dos guarda-louças por que passou na queda.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">"Bem!" pensou Alice, "depois de
uma queda desta, não vou me importar nada de levar um <u>trambolhão</u> na
escada! Como vão me achar corajosa lá em casa! Ora, eu não diria nadinha, mesmo
que caísse do topo da casa!" (O que muito provavelmente era verdade.)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><u><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">Personagens principais</span></u><b><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><u><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">Alice </span></u><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">- menina inteligente e observadora que faz uma
viagem para o País das Maravilhas, um mundo diferente do que ela conhece. Ela
simboliza a curiosidade e a imaginação.<b><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><u><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">Coelho Branco - </span></u><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">está sempre atrasado. Usa
um colete e tem um relógio de bolso. Ele representa a passagem do tempo.<b><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><u><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">Lagarta </span></u><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">– é fumante de narguilé, aconselha a menina a
consumir um cogumelo que poderá fazê-la aumentar ou diminuir de tamanho a
qualquer momento. Simboliza a capacidade de aceitarmos nossas mudanças e
transformações ao longo da vida.<b><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><u><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">Gato de Cheshire </span></u><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">- Sorri o tempo todo,
aparece para indicar o caminho à Alice, mas a confunde mais. Com ele, Alice
percebe que há certa dose de insanidade em todos os personagens.<b><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><u><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">Chapeleiro Louco </span></u><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">– Sempre está preso à hora
do chá. Não quer que ela se sente à mesa e provoca irritações com enigmas e
poemas sem sentido. Ele chama a si mesmo de louco. Seu personagem representa o
abandono das normas sociais e das regras de etiqueta associadas ao jeito de
vida britânico daquele tempo.<b><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: #FFFAEE; line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; mso-outline-level: 2; text-align: justify;"><u><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;">Rainha de Copas</span></u><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 14pt;"> - é a autoridade máxima do
país, amedronta todos os personagens e os força a obedecer todas as suas ordens
e satisfazer os seus caprichos. Representa a injustiça do sistema monárquico,
mostrando a tirania e o abuso de poder.<b><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> (baseado no site: </span><a href="https://www.culturagenial.com/livro-alice-no-pais-das-maravilhas-lewis-carroll/">https://www.culturagenial.com/livro-alice-no-pais-das-maravilhas-lewis-carroll/</a>)</p>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><a href="https://www.objetivo.br/arquivos/livros/alice_no_pais_das_maravilhas.pdf">https://www.objetivo.br/arquivos/livros/alice_no_pais_das_maravilhas.pdf</a></span>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-41841456368853747912023-02-21T15:10:00.002-08:002023-02-21T15:10:48.634-08:008º ANO - CARTA PARA MARIA DA GRAÇA - PAULO MENDES CAMPOS <p> </p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 21.2pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Agora, que <u>chegaste</u> à idade
avançada de quinze anos, Maria da Graça, eu te dou este livro: Alice no País
das Maravilhas. Este livro é doido, Maria. Isto é, o sentido dele está em ti.
Escuta: se não <u>descobrires</u> um sentido na loucura, acabarás louca.
Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler este livro como um
simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucas.
Aprende isso a teu modo, pois te dou apenas umas poucas chaves entre milhares
que abrem as portas da realidade. A realidade, Maria, é louca. </span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 21.2pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Nem o papa,
ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice faz à
gatinha: “Fala a verdade, Dinah, já comeste um morcego?” Não te espantes quando
o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas
vezes por ano. “Quem sou eu no mundo?” Essa indagação perplexa é o lugar comum
de cada história de gente. Quantas vezes mais <u>decifrastes</u> essa charada,
tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. </span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 21.2pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Não importa
qual seja a resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que
seja mentira. A sozinhez (esquece essa palavra feia que inventei agora sem
querer) é inevitável. Foi o que Alice falou no fundo do poço: “Estou tão
cansada de estar aqui sozinha!” O importante é que conseguiu sair de lá,
abrindo a porta. A porta do poço! Só as criaturas humanas (nem mesmo os grandes
macacos e os cães amestrados) conseguem abrir uma porta bem fechada, e vice
versa, isto é, fechar uma porta bem aberta. </span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 21.2pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Somos todos tão bobos, Maria.
Praticamos uma ação trivial e temos a presunção petulante de esperar dela
grandes consequências. Quando Alice comeu o bolo, e não cresceu de tamanho,
ficou no maior dos espantos. Apesar de ser isso o que acontece, geralmente, às
pessoas que comem bolo. Maria, há uma sabedoria social ou de bolso; nem toda
sabedoria tem de ser grave. A gente vive errando em relação ao próximo e o
jeito é pedir desculpas sete vezes ao dia: “Oh, I beg your pardon! (eu imploro o seu perdão) ”. Pois viver
é falar de corda em casa de enforcado.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 21.2pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Por isso te digo, para a tua sabedoria
de bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o
rato perguntou à Alice: “Gostarias de gatos se fosse eu?”. Os homens vivem
apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, nacional
e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos,
até irmãos, até marido e mulher, até namorados, todos vivem apostando corrida. </span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 21.2pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão
fingindo que não é, tão ridículas muitas vezes, por caminhos escondidos, que,
quando os atletas chegam exaustos a um ponto, costumam perguntar: “A corrida
terminou! Mas quem ganhou?” É bobice, Maria da Graça, disputar uma corrida se a
gente não sabe quem venceu. Se <u>tiveres</u> que ir a algum lugar, não te
preocupes com a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar. Se <u>chegares</u>
sempre aonde quiseres, ganhaste. Disse o ratinho: “Minha história é longa e
triste!” <u>Ouvirás</u> isso milhares de vezes. Como <u>ouvirás</u> a terrível
variante: “Minha vida daria um romance.” Ora, como todas as vidas vividas até o
fim são longas e tristes, e como todas as vidas dariam romances, pois o romance
é só um jeito de contar um vida, foge, polida mas energicamente, dos homens e
mulheres que suspiram e dizem: “Minha vida daria um romance!” </span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 21.2pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Sobretudo dos
homens. Uns chatos, irremediáveis, Maria. Os milagres acontecem sempre na vida
de cada um e na vida de todos. Mas, ao contrário do que se pensa, os melhores e
mais fundos milagres não acontecem de repente, mas devagar, muito devagar.
Quero dizer o seguinte: a palavra depressão cairá de moda mais cedo ou mais
tarde. Como talvez seja mais tarde, prepara-te para a visita do monstro, e não
te desesperes ao triste pensamento de Alice: “Devo estar diminuindo de novo”.
Em algum lugar há cogumelos que nos fazem crescer novamente. E escuta essa
parábola perfeita: Alice tinha diminuído tanto de tamanho que tomou um
camundongo como hipopótamo. Isso acontece muito, Mariazinha. </span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 21.2pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Mas não sejamos
ingênuos, pois o contrário também acontece. E é um outro escritor inglês que
nos fala mais ou menos assim: o camundongo que expulsamos ontem passou a ser
hoje um terrível rinoceronte. É isso mesmo. A alma da gente é uma máquina
complicada que produz durante a vida uma quantidade imensa de camundongos que
parecem hipopótamos e de rinocerontes que parecem camundongos. O jeito é rir no
caso da primeira confusão e ficar em disposto para enfrentar o rinoceronte que
entrou em nossos domínios disfarçado de camundongo. E como tomar o pequeno por
grande e o grande por pequeno é sempre meio cômico, nunca devemos perder o bom
humor. </span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 21.2pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Toda pessoa deve ter três caixas para guardar humor: uma caixa grande
para o humor mais ou menos barato que a gente gasta na rua com os outros; uma
caixa média para o humor que a gente precisa ter quando está sozinho, para <u>perdoares</u>
a ti mesma, para <u>rires</u> de ti mesma; por fim, uma caixinha preciosa,
muito escondida, para as grandes ocasiões. Chamo de grandes ocasiões os
momentos perigosos em que estamos cheios de dor ou de vaidade, em que sofremos
a tentação de achar que fracassamos ou triunfamos, em que nos sentimos umas
drogas ou muito bacanas. </span></p><p class="MsoNormal" style="margin-right: 21.2pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Cuidado Maria, com as grandes ocasiões. Por fim, mais
uma palavra de bolso: às vezes uma pessoa se abandona de tal forma ao
sofrimento, com tal complacência, que tem medo de não poder sair de lá. A dor
também tem o seu feitiço, e este se vira contra o enfeitiçado. Por isso Alice,
depois de ter chorado um lago, pensava: “Agora serei castigada, afogando-me em
minhas próprias lágrimas”. Conclusão: a própria dor deve ter a sua medida: é
feio, é imodesto, é vão, é perigoso ultrapassar a fronteira da nossa dor, Maria
da Graça.<o:p></o:p></span></p>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-74293961617906344092023-02-21T12:24:00.000-08:002023-02-21T12:24:25.682-08:008º ANO - DAS VANTAGENS DE SER BOBO - CLARICE LISPECTOR<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">DAS VANTAGENS DE SER BOBO - Clarice Lispector<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Prof.ª Mariza – Sala de Leitura<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O bobo, por não se ocupar com <u>ambições</u>,
tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado
quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa,
responde: "Estou fazendo. Estou pensando."<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Ser bobo às vezes oferece um mundo de
saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo
tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O bobo tem oportunidade de ver coisas
que os espertos não veem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas
alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples
pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca
parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski**.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Há desvantagem, obviamente. Uma boba,
por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar
refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem
uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho
sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste
era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais
valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter
boa-fé, não desconfiar, e, portanto estar tranquilo. Enquanto o esperto não
dorme à noite com medo de ser <u>ludibriado</u>. O esperto vence com úlcera no
estômago. O bobo não percebe que venceu.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Aviso: não confundir bobos com
burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das
tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: **"Até
tu, Brutus?”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Bobo não reclama. Em compensação,
como exclama!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Os bobos, com todas as suas
palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria
morrido na cruz.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O bobo é sempre tão simpático que há
espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como
toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por
bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida.
Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás, não se
importam que saibam que eles sabem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Há lugares que facilitam mais as
pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas
Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em
Minas!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Bobo é **Chagall, que põe vaca no
espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor
que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz
o bobo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">**</span> Dostoiévski era contra a servidão de classe, foi
preso em 23/04/1849, e depois de oito meses recebeu sentença de morte por
fuzilamento. É considerado o pai do existencialismo, na literatura. O
existencialismo é uma corrente filosófica de pensamento, que destaca a
importância da existência do indivíduo.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">** </span>A frase famosa (**"Até tu, Brutus?”<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">)</span>foi falada por Julio Cesar no
momento de sua morte. O ditador tinha muitos inimigos no senado romano. No ano
de 44 A.C. foi planejado o seu assassinato e entre os conspiradores estava
Marco Júnio Bruto, ou Brutus, seu enteado, que foi reconhecido pelo padrasto
durante o atentado.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">**Chagall – pintor russo. Suas
obras trazem lembranças de familiares e da cidade onde nasceu, carregadas de
fantasia e elementos oníricos (diz respeito à natureza dos sonhos).</p>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-5257768532391110912023-02-21T12:21:00.001-08:002023-02-21T12:21:39.856-08:006º ANO - O DONO DA BOLA - RUTH ROCHA<p> </p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O DONO DA
BOLA <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>– Profª MARIZA – SALA DE LEITURA <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O nosso time estava cheio de amigos.
O que nós não tínhamos era a bola de futebol. Só bola de meia, mas não é a
mesma coisa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Bom mesmo é bola de couro, como a do
Caloca.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Mas, toda vez que nós íamos jogar com
Caloca, acontecia a mesma coisa. E era só o juiz marcar qualquer falta do
Caloca que ele gritava logo:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Assim eu não jogo mais! Dá aqui a
minha bola!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Ah, Caloca, não vá embora, tenha
espírito esportivo, jogo é jogo…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Espírito esportivo, nada! – berrava
Caloca. – E não me chame de Caloca, meu nome é Carlos Alberto!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">E assim, Carlos Alberto acabava com
tudo que era jogo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A coisa começou a complicar mesmo,
quando resolvemos entrar no campeonato do nosso bairro. Nós precisávamos
treinar com bola de verdade para não estranhar na hora do jogo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Mas os treinos nunca chegavam ao fim.
Carlos Alberto estava sempre procurando encrenca:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Se o Beto jogar de centroavante, eu
não jogo!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Se eu não for o capitão do time,
vou embora!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Se o treino for muito cedo, eu não
trago a bola!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">E quando não se fazia o que ele
queria, já sabe, levava a bola embora e adeus, treino.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Catapimba, que era o secretário do
clube, resolveu fazer uma reunião:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Esta reunião é para resolver o caso
do Carlos Alberto. Cada vez que ele se zanga, carrega a bola e acaba com o
treino.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Carlos Alberto pulou, vermelhinho de
raiva:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– A bola é minha, eu carrego quantas
vezes eu quiser!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Pois é isso mesmo! – disse o Beto,
zangado. – É por isso que nós não vamos ganhar campeonato nenhum!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Pois, azar de vocês, eu não jogo
mais nessa droga de time, que nem bola tem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">E Caloca saiu pisando duro, com a
bola debaixo do braço.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Aí, Carlos Alberto resolveu jogar
bola sozinho. Nós passávamos pela casa dele e víamos. Ele batia bola com a
parede. Acho que a parede era o único amigo que ele tinha. Mas eu acho que
jogar com a parede não deve ser muito divertido.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Porque, depois de três dias, o Carlos
Alberto não aguentou mais. Apareceu lá no campinho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Se vocês me deixarem jogar, eu
empresto a minha bola.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Carlos Alberto estava outro. Jogava
direitinho e não criava caso com ninguém.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">E, quando nós ganhamos o jogo final
do campeonato, todo mundo se abraçou gritando:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Viva o Estrela-d’Alva Futebol
Clube!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Viva!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Viva o Catapimba!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Viva!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Viva o Carlos Alberto!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Viva!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Então o Carlos Alberto gritou:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">– Ei, pessoal, não me chamem de
Carlos Alberto! Podem me chamar de Caloca!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-47042646464958260582023-02-21T06:29:00.003-08:002023-02-21T10:53:26.022-08:008º ANO - A COISA<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A Coisa - </span></b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">(Desconheço a autoria desta coisa) – Profª
Mariza – Sala de Leitura<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A
palavra "coisa" é um Bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É
aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam
palavras para exprimir uma ideia. Coisas do português. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Gramaticalmente,
coisa pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o <u>Houaiss</u>
registra a forma "coisificar". “E no Nordeste há coisar”: "Ô seu
coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?". <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Na
literatura, a coisa é coisa antiga. Antiga, mas modernista: <u>Oswald de
Andrade</u> escreveu a crônica "O Coisa" em 1943.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">”A
Coisa" é título de romance de <u>Stephen King</u>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><u><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Simone
de Beauvoir</span></u><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"> escreveu
"A Força das Coisas", e <u>Michel Foucault</u>, "As Palavras e
as Coisas."<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Em
Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é
chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima
e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!". <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Devido
lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça...". A garota
de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">"Mas se ela
voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca." Coisas de <u>Jobim</u>
e de <u>Vinicius</u>, que sabiam das coisas.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Sampa
também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma
coisa acontece no meu coração", de <u>Caetano Veloso</u>, ou quando vê o
Show de Calouros, do <u>Silvio Santos</u> (que é coisa nossa).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Em
1997, a NASA lançou a Missão MarsPathfinder, enviando um robô para explorar
Marte. O mecanismo foi programado para ser acionado a partir do som de uma
música e a escolhida foi um samba de <u>Jorge Aragão/Almir Guineto/Luís Carlos
da Vila</u>. Assim, o robô da NASA, foi "acordado" com a música:
"Ô coisinha tão bonitinha do pai...". Lembram?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Coisa
não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa
é a <u>Juliana Paes</u>. Nunca vi coisa assim!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Coisa
de cinema! "A Coisa" virou nome de filme de Hollywood, que tinha o
"seu Coisa" no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos,
na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa “Casseta
e Planeta, Urgente!” <u>Marcelo Madureira</u> faz o personagem "Coisinha
de Jesus".<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Coisa
também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira
"coisíssima". Mas a coisa tem história na MPB. No II Festival da
Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras:
Disparada, de <u>Geraldo Vandré</u>: "Prepare seu coração / Pras coisas
que eu vou contar", e A Banda, de <u>Chico Buarque</u>: "Pra<a name="_GoBack"></a> ver a banda passar / Cantando coisas de amor". Naquele
ano do festival, no entanto, a coisa estava preta (ou melhor, verde-oliva). E a
turma da Jovem Guarda não estava nem aí com as coisas: "Coisa linda /
Coisa que eu adoro".<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Cheio das coisas. “As
mesmas coisas”, “Coisa bonita”, “Coisas do coração”, “Coisas que não se
esquece”, “Diga-me coisas bonitas’, “Tem coisas que a gente não tira do
coração”. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por <u>Roberto
Carlos</u>, o rei das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com
as coisas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Para
<u>Maria Bethânia</u>, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade
afinal, "são tantas coisinhas miúdas".<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">"Todas
as Coisas e Eu" é título de CD de <u>Gal</u>. "Esse papo já tá
qualquer coisa... Já qualquer<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>coisa
doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música
"Qualquer Coisa", de Caetano, que canta também: "Alguma coisa
está fora da ordem."<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Por
essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de
cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal
coisa, e coisa e tal. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O
cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das
coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Para
o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A
coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de <u>Cabral</u>.
Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a
coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: Agora a coisa vai.
Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa
feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Se
você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa.
Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema "Eu, Etiqueta", <u>Drummond</u>
radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente." E,
no verso do poeta, coisa vira "cousa".<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Se
as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para serem usadas, por que
então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Bote
uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o
dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Mas,
"deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa
parecida", cantarola <u>Fagner</u> em Canteiros, baseado no poema Marcha,
de <u>Cecília Meireles</u>, uma coisa linda. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Por
isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: Amarás a Deus sobre
todas as coisas.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Entendeu
o espírito da coisa?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p><br /><p></p>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3886643447898122731.post-61712291629014323232023-02-20T15:50:00.001-08:002023-02-21T10:58:25.056-08:007º ANO - CRÔNICA: VISTA CANSADA - OTTO LARA RESENDE<p> </p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Crônica: Vista cansada - Otto Lara Resende<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">PROFª MARIZA – SALA DE LEITURA<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Acho que foi o Hemingway quem disse
que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última
ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa
ideia de olhar pela última vez tem algo de <u>deprimente</u>. Olhar de
despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway
tenha acabado como acabou.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Se eu morrer, morre comigo um certo
modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é
que, de tanto ver, a gente <u>banaliza</u> o olhar. Vê não - vendo. Experimente
ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é.
O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo
visual da nossa rotina é como um vazio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Você sai todo dia, por exemplo, pela
mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você
não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos
a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, <u>pontualíssimo</u>,
o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma
correspondência. Um dia o porteiro cometeu a <u>descortesia</u> de falecer.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como
se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado,
o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa,
cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito
suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas,
bichos. E vemos? Não, não vemos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Uma criança vê o que o adulto não vê.
Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver
pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio
filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às <u>pampas</u>.
Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, <u>opacos</u>. É por aí que se instala no
coração o monstro da indiferença.<o:p></o:p></span></p>Mariza Lima Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/05440424109207541383noreply@blogger.com0