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segunda-feira, 1 de maio de 2023

AMOR

 

SALA DE LEITURA - AMOR

 

1 – A transmissão do Amor

O amor é indispensável para o desenvolvimento do indivíduo. Quando o amor é transmitido quem o recebe desenvolve atitudes positivas em relação a si mesmo, aos outros e à vida. Junto com o amor, o indivíduo recebe elementos e sentimentos que são necessários para que o amor se frutifique e encontre morada: respeito, responsabilidade, generosidade, carinho, proteção, incentivo. Amar é sempre grandioso e é um sentimento que precisa ser alimentado sempre. Pequenos gestos também podem ser provas de amor, como em casa, por exemplo: retirada do prato da mesa, colocar lixo para fora, auxílio em pequenas tarefas, um elogio, uma pequena palavra de conforto.

O que se vê, algumas vezes, é alguém aproveitando, por exemplo, em família, os conflitos para despejar o ódio, a raiva, o ciúme, a inveja, a cobrança de sentimentos. Quando deveria, na verdade, parar, pensar, perceber no que pode ajudar e, através de pequenos gestos demonstrar seu amor. A prática do amor melhora as relações com as pessoas da família e ele deve ser maior que as coisas materiais, pois coisas materiais vêm e vão. Se houver amor, haverá, com certeza, a compreensão pela ausência do material e sua conquista poderá ser questão de tempo.

Com amor o adolescente pode redescobrir a família, pode reaproximar-se dos pais, entendendo-lhes a linguagem e a tentativa deles em oferecer o melhor. Com tolerância e mais amor é possível eliminar mágoas e pequenos transtornos de relacionamento, que nada mais fazem do que ferir e manter o jovem sempre distante da elevação emocional que ele tanto deseja.

 

2 – Amor de amigo

Podemos considerar como sendo o segundo amor mais importante na vida do indivíduo. Assim que ele começa a tomar contato com o mundo, os amigos tornam-se parte importante da maneira como ele irá ver esse mundo e, também, como o indivíduo irá se relacionar com a amizade e com esse novo tipo de amor, que é completamente diferente do amor de família. Inicialmente os contatos podem ser de descoberta e surpresa. Muitas vezes o indivíduo leva para os amigos o que aprendeu em casa e acaba trazendo para casa o que aprendeu com os amigos. Pode passar a contestar os valores dos pais, da família, da sociedade, isto é, a ter a sua própria visão do mundo e dos valores humanos, a conceituar pessoas e regimes, estabelecendo, muitas vezes, suas regras de comportamento.

É na convivência que o indivíduo vai descobrindo se aquele amigo corresponde às expectativas que ele tinha em termos de confiança, solidariedade, amor, força e, até, de ciúme, pois conviver com amigos possessivos não é fácil, pois provoca desgaste na relação e, com o tempo, o distanciamento. Alguns amigos impõem tanta opressão em cima do outro, que leva o outro a lhe mentir, esquivar-se de sua companhia, arrumar desculpas esfarrapadas para não compartilhar tal amizade. Cada indivíduo é diferente e pode precisar de várias pessoas para se sentir completo. Um indivíduo pode ser amigo de várias pessoas, pois cada uma pode lhe trazer algo, completá-lo em algum ponto, sem que isso cause prejuízo a nenhuma das partes. O que fará com que uma amizade tenha ou não valor serão os elementos que os envolvidos deverão ter um com o outro: cumplicidade, respeito, fidelidade, solidariedade, empatia. Ninguém abandona um amigo, com certeza, por ele tê-lo respeitado, ter guardado segredo, ter ficado ao seu lado nos momentos de dificuldade. Abandona-se o amigo por ter sido traído, por ter sido deixado de lado, por ter sido oprimido, por ter sido desrespeitado. Cada um acaba por escolher melhor os indivíduos com os quais quer conviver e crescer, permitindo-se envolver por aqueles que lhe provocam maior empatia, que demonstram maiores afinidades com seus valores morais e culturais. Uma verdadeira amizade se constrói com o tempo, com muita paciência e, principalmente agindo com outro como se gostaria que ele agisse consigo: quer respeito, respeite; quer solidariedade, seja solidário; quer ser ouvido, ouça... E assim por diante. Precisamos do outro para viver e os outros precisam, com certeza, também de nós.

 

3 – Amor pelas causas

Há pessoas que, pela sua maneira de conduzir sua própria vida e pela maneira como lidam com os demais, acabam chamando a atenção pelas suas atitudes. É evidente que, muitas dessas pessoas não planejam sua vida com o objetivo de se tornarem famosas ou chamarem a atenção, mas acabam justamente fazendo isso ao agirem e defenderem causas, que beneficiam pequenos ou grandes grupos. Alguns chamam essa atitude de solidariedade, mas nem sempre envolvem pessoas. Às vezes trata-se da natureza, de animais... Exemplos: Chico Mendes, componentes do Green Peace, Chico Xavier, Betinho, Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce... Anônimos que não medem esforços em doar em pouco de si em benefício do próximo. São pessoas consideradas especiais por suas atitudes de doação e desprendimento em relação às coisas materiais.

Algumas pessoas desenvolvem na infância as experiências de cooperação, através de brincadeiras e que ao longo de sua vida transformam-se em sentimentos de altruísmo e solidariedade. Esse partilhar com o outro, muitas vezes, exige certo sacrifício pessoal, sem que haja conflito, evidentemente, já que proporciona a descoberta do ser útil, de ser cooperativo. Esse tipo de amor faz com que o indivíduo melhore a auto-estima, pois acaba descobrindo maneiras de eliminar dificuldades próprias ao ajudar o outro e cria uma alavanca, capaz de impulsionar todos aqueles que dele se cercam. Esse amor espalha a paz, diminui a violência, a desigualdade social.

Sempre é possível doar-se, mesmo quando se acredita não ter nada na vida.

 

4 – Amor nos relacionamentos

O amor é sempre o alimento essencial da vida. É estímulo e sustentação dos objetivos nobres da vida. Quando se ama, adquire-se a compreensão da vida e se amadurece, desenvolvendo o sentido de crescimento amoroso e amigo. Quando, porém, alguém só deseja ser amado, permanecerá na infância emocional, pois o amor deve ser dado e recebido, pois ele é relevante na evolução do homem, aquece o coração, enriquece a vida, desenvolve a visão otimista no indivíduo e transforma a desesperança em fonte renovadora.

Todos esperam encontrar alguém especial para que possam dividir sua vida, completar sua existência, mas cada um ao chegar na fase da busca do amor com o outro traz em si um grande e enorme arquivo emocional, que poderá mostrar-lhe como o amor chegará ou não em sua vida. Como o adolescente está em fase de descobrimento, muitas vezes, recebe o amor, mas acaba não sabendo direcioná-lo ou distingui-lo com o que se trata de sensação, admiração, arrebatamento do verdadeiro sentimento de afetividade sem exigência, sem agradecimento, sem dependência, sem aprisionamento.

O adolescente vive, hoje, um tempo de controvérsias emocionais em razão das diferenças de padrões morais e comportamentais. Vive a inquietação e a insegurança. Tem a impressão de que tudo ao seu redor é tratado de qualquer jeito e de qualquer modo. Ele aceita os estereótipos de qualquer espécie, como desgarrado, indiferente, rebelde, dependente e isso vai lhe tornando um ser ou despreocupado com os relacionamentos ou de atitudes desprezíveis para com os outros. Pensa-se, primeiro, em levar vantagem, em não perder a oportunidade, em não deixar passar, em se apegar ao materialismo, ao sensualismo. Não há a preocupação com o que “eu posso fazer ao outro” tanto de bem, como de mal, mas “como o outro pode me satisfazer e atender todos os meus desejos”. Como há uma inversão enorme de valores na sociedade, o adolescente passa a cultuar esses mesmos valores e, automaticamente, sai em busca daquele que o complete, daquele com o qual ele possa dividir algo, mas depara-se com o vazio. O amor tão propagado não aparece. O que deveria ser alegria transforma-se em desilusão. O jovem acha que “ficar” com muitas (os) lhe trará a chamada paz de espírito, percebe que mais uma vez “ficou” mesmo foi sozinho com outro ser que também estava sozinho. O amor nos relacionamentos precisa de cumplicidade, responsabilidade, amizade. Quem quer achar um amor, mas não quer compromisso corre o risco de ficar sem ninguém. Aquele trecho de uma música que diz: “Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também” não é verdade. Cada um “pertencerá” ao outro ser que também desejará ser do outro. Encontrar muitos corpos não é porta de entrada do amor.

O amor entre as pessoas precisa mais do que encontro de corpos precisa encontro de almas.

 

 Texto: Tudo é Amor

 Vida - É o amor existencial.

Razão – É o amor que pondera.

Estudo – É o amor que analisa.

Ciência – É o amor que investiga.

Filosofia – É o amor que pensa.

Religião – É o amor que busca Deus.

Verdade – É o amor que se eterniza.

Ideal – É o amor que se eleva.

Fé – É o amor que se transcende.

Esperança – É o amor que sonha.

Caridade – É o amor que auxilia.

Fraternidade – É o amor que se expande.

Sacrifício – É o amor que se esforça.

Renúncia – É o amor que se depura.

Simpatia – É o amor que sorri.

Altruísmo – É o amor que se engrandece.

Trabalho – É o amor que constrói.

Indiferença – É o amor que se esconde.

Desespero – É o amor que se desgoverna.

Paixão – É o amor que se desequilibra.

Ciúme – É o amor que se desvaira.

Egoísmo – É o amor que se animaliza.

Orgulho – É o amor que enlouquece.

Sensualismo – É o amor que se envenena.

Vaidade – É o amor que se embriaga.

Finalmente, o ódio que julgas ser a antítese do Amor, não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente.

 

 

 

 

 

 

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